quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ESSA CALOU OS AMERICANOS

ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!
> SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS
> UNIDOS
>
>
>
>
>
> Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um
> brasileiro dá um
> esculacho educadíssimo nos americanos!
>
> Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o
> ex-governador do
> DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM
> BUARQUE, foi
>
> questionado
> sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
>
> O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que
> esperava a resposta
> de um Humanista e não de um brasileiro.
>
> Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:
>
>
> "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria
> contra a
> internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos
> governos não
> tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é
> nosso.
>
> "Como humanista, sentindo o risco da degradação
> ambiental que sofre a
>
> Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como
> também de tudo
> o mais que tem importância para a humanidade.
>
> "Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser
> internacionalizada,
> internacionalizemos também as reservas de petróleo do
> mundo inteiro.O
>
> petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade
> quanto a
> Amazônia
> para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas
> sentem-se no
> direito de aumentar ou
> diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu
> preço."
>
>
> "Da mesma forma, o capital financeiro dos países
> ricos deveria ser
> internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para
> todos os seres
> humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um
> dono, ou de um
>
> país.
> Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego
> provocado pelas
> decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não
> podemos deixar que
> as reservas financeiras sirvam para queimar países
> inteiros na volúpia da
>
> especulação.
>
> "Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a
> internacionalização de
> todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve
> pertencer apenas à
> França.
> Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças
> produzidas pelo
>
> gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio
> cultural, como o
> patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e
> instruído pelo gosto de
> um proprietário
> ou de um país. Não faz muito, um milionário
> japonês,decidiu enterrar
>
> com ele, um quadro de
> um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter
> sido
> internacionalizado.
>
> "Durante este encontro, as Nações Unidas estão
> realizando o Fórum do
> Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram
> dificuldades em
>
> comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por
> isso, eu acho que
> Nova York,
> como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.
> Pelo menos
> Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como
> Paris, Veneza,
>
> Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada
> cidade, com sua
> beleza específica, sua historia do mundo, deveria
> pertencer ao mundo
> inteiro.
>
> "Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo
> risco de deixá-la
>
> nas
> mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais
> nucleares dos
> EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de
> usar essas
> armas, provocando uma destruição milhares de vezes
> maiores do que as
>
> lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
>
> "Defendo a idéia de internacionalizar as reservas
> florestais do mundo em
> troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para
> garantir que cada
> criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à
> escola.
>
> Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas,
> não importando o
> país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados
> do mundo inteiro.
>
> "Como humanista, aceito defender a
> internacionalização do mundo.
>
> Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei
> para que a
> Amazônia
> seja nossa. Só nossa!
>
>
> DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES
> ÓBVIAS. AJUDE A
> DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS
> LÍNGUAS QUE DOMINAR.
>

LULA O FILHO DO BRASIL - FILME

A didática de "Lula, o filho do Brasil"

Posted: 05 Jan 2010 10:32 AM PST


[Juazeiro, 1970-1979.
Alcir Lacerda.
Pirelli/MASP]

José Szwako*

"Você sabe quem é esse homem, mas não conhece a sua história". A julgar pelo seu slogan, "Lula, o filho do Brasil" cumpre de forma bastante satisfatória sua função. O filme retrata a biografia de um nordestino cujo destino é bem conhecido entre nós. A especificidade da sua história de vida, no entanto, é infinitamente mais interessante que o retrato cinematográfico. À exceção do argumento em torno de Lula, o filme se vale de alguns clichês do último cinema brasileiro. À abertura, um belo e estilizado nordeste, com a gota de suor coreografada na testa do retirante, com os tons pastel em degrade que desfilam na paisagem acre, e com direito, ainda, a um carismático cachorro, fofo. Não chega a ser um defeito, mesmo porque rende esteticamente, mas, desde a safra pós-"Central do Brasil", essa fórmula se repete à exaustão na grande tela nacional.

Ok, retratar a biografia de um presidente nao é pouca coisa e nada ajuda muito para esse empreendimento. Lula, como dizem, é "o cara". Nao é qualquer presidente, é uma figura verdadeiramente carismática com sabido nível de aprovação em pleno fim do segundo mandato. De frente para esse monstro ideológico, do qual esse filme parece ser mais produto e menos reprodutor, é quase impossível não se deixar levar pela teo-teleologia: não importa se se trata de uma criança inconformada ou de um torneiro quase despolitizado, o futuro (ou seja, a ideologia de hoje) fornece de saída os limites da interpretação: "ah, ele já era assim, ...ele foi sempre assim, ...isso tudo estava nele!". "Teima", dizia Dona Lindu. "Ele teimou", nos diz o filme. A ordem cronológica da exposição fílmica quer apontar para este futuro - o nascimento, a viagem pro sul, a escolarização primária e técnica, o primeiro emprego e os dramas no sindicato, tudo vai (nos) levando magicamente ao seu Destino.

O que mais impressiona na exposição dessa linha de vida é o seu carater didático. Tudo muito claro, tudo no seu lugar, sem metáforas nem brechas, tudo limpidamente ocupado. Assentado numa estetica kitsch do tipo "A grande família", o filme é um retrato hiperreal da história de Lula. Está tudo lá, exposto na tela: personagens são claramente apresentados, psicologias sem ambiguidade, diálogos cotidianos e inverossímeis, os jovens Lula e Marisa feitos um-para-o-outro, e um figurino que se denuncia no padrão globo de qualidadede. A música na hora certa, na imagem certa, para a lágrima certa. Enfim, um filme didático demais. Na verdade, é um filme adequado ao Brasil pós-autoritário (FHC + Lula), adequado àqueles milhões de cidadãos que, antes enclausurados na indústria cultural lado B, passaram a compor uma nova multidão de consumidores... de frango, de iogurte, de celular, de carro e também de filmes. Ora, isso nao é pouca coisa e a necessidade de objetos culturais adequados à educação sentimental dessa nova massa de consumidores não precisa ser entendida como meramente ideológica ou eleitoral; a necessidade de tais objetos e a natureza didática deles respondem, antes, às mudanças na capacidade de consumo desse e de outros bens por parte de frações significativas da população brasileira. Agora, se essas frações vão votar no candidato de Lula ou se chamam o consumo de celulares de "cidadania", isso já são outros quinhentos...




"Lula, o filho do Brasil"
Brasil, 2009. Cor. 128 min
Direção: Fábio Barreto

*José Szwako é doutorando em Ciências Sociais na Unicamp.

LULA UM LÍDER MUNDIAL

Segunda-feira, Janeiro 04, 2010

Para o que vai nascer

Um texto de Castagna Maia, saudando um novo tempo que virá:


Arrematando

E Copenhagen acabou sendo um fracasso. A culpa foi dos Estados Unidos da América, e o papel de vilão ficou reservado a Obama. Em um primeiro momento, China e EUA dividiriam a culpa pelo fracasso da conferência mundial sobre o clima. No momento seguinte, sobrou exclusivamente para os EUA. A culpa do fracasso é dos Estados Unidos da América.


II
E o Brasil? O Brasil foi extraordinário na conferência. Claro, há o pitoresco de sempre, os papagaios de pirata que foram para lá tão somente para aparecer, um turismo de luxo. Houve a presença até mesmo da Senadora Kátia Abreu, do PFL de Tocantins, sempre associada ao desmatamento e ao trabalho escravo. Houve de tudo, um festival de busca de fotografias. Mas o que interessa é a posição do Brasil, do Estado brasileiro.


III
E o Brasil foi muito bem. Lula nos representou de forma extraordinária. E Lula apaixonou, sim, o mundo. Quando as negociações estavam apontando para a frustração, foi Lula quem fez um discurso tocante, apaixonado, que calou o plenário, que envergonhou os que apequenavam a discussão.


IV
Lula é, sim, um líder mundial. Há pouco, foi escolhido pelo jornal Le Monde, da França, como a grande personalidade do ano. Dias antes foi capa do espanhol El Pais, com direito a um texto de Zapatero sobre Lula. Repito: Lula é, hoje, sim, um líder mundial. Vou adiante. Lula é, hoje, um grande líder mundial.


V
Em um mundo cinza, de poucos líderes e muitas vaidades, a autenticidade de Lula o destaca. Não é um almofadinha vassalo, como FHC, sempre pronto a usar seus dons de poliglota para falar mal do Brasil e de suas origens, sempre envergonhado de seu País, como se fosse melhor do que ele. Um típico provinciano que, saindo de sua cidadezinha, deita a falar mal do lugar de onde veio. Com Lula não é assim. Lula é admirado. E a miséria no Brasil efetivamente diminuiu.


VI
É preciso dizer isso, aqui. A miséria diminuiu, a Bolsa Família consegue, sim, tirar da miséria absoluta alguns milhões de brasileiros. Que seja assistencialista, mas não há como deixar de ser assistencialista quando se enfrenta uma massa jogada à animalidade a partir da absoluta carência em que foi mantida. O Bolsa Família é um sucesso, e vem transformando a face do Brasil. A economia se movimentou particularmente nos setores que vendem para as camadas mais pobres. O dinheiro da Bolsa Família se transforma em arroz, feijão, farinha, em tecido, em roupas, até mesmo em algum eletrodoméstico. Isso tudo movimenta a economia de uma forma diferente: é a economia que gira a partir das camadas mais pobres.


VII
Há erros enormes no governo Lula. Cito, aqui, mais uma vez, as taxas de juros, ainda mantidas em um patamar que sacrifica nosso comércio e nossa indústria. Cito a visão tacanha na previdência complementar, onde o projeto neoliberal de FHC simplesmente foi aprofundado. Cito a falta de uma visão sistêmica do sistema financeiro, embora a melhora ocorrida a partir da crise mundial. Cito a falta de uma política industrial efetiva, dentre outras coisas.


VIII
O Brasil quebrou três vezes no governo FHC. Na última, pediu 40 bilhões de dólares emprestados ao FMI. E em contrapartida alterou o monopólio estatal do petróleo para entregar boa parte de nossas riquezas às multinacionais. O País inteiro pagou o preço da incompetência e do entreguismo daquele governo. Ou seja, é preciso reconhecer, sim, que comparado ao governo FHC, o Brasil saiu do inferno no governo Lula.


IX
Não estou sendo generoso. Falo até mesmo em relação aos aposentados. No governo FHC, o tal “rolo compressor” implantou a reforma da previdência, aí incluído o Fator Previdenciário e adoção da terrível média para o cálculo das aposentadorias, envolvendo as 80% maiores contribuições. A discussão, hoje, tem outro patamar: é a de recuperação de perdas, é de inflação mais alguns pontos percentuais visando recuperar. Ou seja, há, sim, diferença.


X
Claro, poderia ser melhor. É preciso acabar com aquela média absurda e adotar outra fórmula. É preciso, ainda, acabar com o fator previdenciário. É preciso dar um norte para a previdência pública e para a previdência complementar. O que estou dizendo é que, em 1997, lutava-se contra a implantação de mecanismos que trariam, e trouxeram, perdas. Hoje, luta-se para recompor os valores. Há um ganho de qualidade na discussão. Houve, sim, melhora, não a que queríamos, mas houve.


XI
A crítica ao governo não pode ser insana. Não foi o atual governo que implantou o fator previdenciário, nem a média absurda; não foi o atual governo que fez a reforma da previdência de 1998 e que atingiu pesadamente a previdência complementar; não foi o atual governo que alterou a Constituição Federal para entregar bacias petrolíferas às multinacionais, embora tenha feito vários leilões; não foi o atual governo quem autorizou o financiamento de apropriação indébita de patrocinadoras de fundos de pensão. Em síntese, é preciso criticar, sim, o governo, mas criticar no que está errado para que não se faça coro exatamente com aqueles que querem privatizar o Estado, que querem privatizar a previdência, que querem rebaixar os valores das aposentadorias.


XII
Qual a crítica da imprensa? A de que os gastos públicos aumentaram. Sabe o que significa isso? Que, na opinião da imprensa, não deveria ter havido contratação de funcionários públicos – aí incluídos médicos, professores, fiscais do trabalho e da saúde; não deveria ter havido qualquer recomposição de aposentadoria, ainda que mínima. Não deveria ter ocorrido investimento estatal para minimizar os efeitos da crise internacional.


XIII
Ou seja, a crítica da imprensa é voltada contra os interesses do povo e na tentativa de restabelecer toda a lógica do governo FHC. Se dependesse deles, o Estado seria mínimo, a aposentadoria seria privatizada, o teto da previdência seria de 3 salários mínimos.


XIV
Pois bem: é essa mesma imprensa que buscou debochar da posição brasileira em Copenhagen, que escondeu as elogiosas referências mundiais ao Presidente do Brasil. Foi uma vergonha completa, uma manipulação brutal de informações, um apanhado de críticas improvisadas, onde a imprensa não tem o papel de informar: seu papel é fazer oposição, o de levantar bandeiras que sequer a oposição verdadeira – a que foi eleita para isso, já que a imprensa não recebeu um voto sequer – se atreveu a levantar. Ou seja, a oposição brasileira está sem bandeira porque o modelo de FHC ficou desnudo: era aquilo mesmo, uma catástrofe entreguista, antinacional e antipovo. E não conseguiu superar aquela herança perversa de um governo que naufragou atolado na corrupção das privatizações — origem de Daniel Dantas.


XV
Ou seja, a oposição ainda busca um caminho, e foi eleita para isso. A imprensa, no entanto, assume o papel de oposição e, como não são profissionais da área, saem a fazer qualquer besteira, a repercutir qualquer idiotice. Foi assim com a febre amarela, foi assim com a tal denúncia da moça da Receita Federal. E foi assim, agora, em Copenhagen. Confundiram fazer oposição a Lula com fazer oposição ao Brasil. E fizeram oposição ao Brasil.


XVI
O Brasil foi festejado no exterior. Lula levou ao mundo nosso jeito afetivo, e levou de forma autêntica. O Brasil ficou mais próximo do seu verdadeiro tamanho internacional. E chegou mais perto disso pelas mãos de quem tem pouco estudo formal, para desespero dos provincianos maledicentes que se aproveitam de qualquer oportunidade para falar mal do próprio País. O Brasil sai de Copenhagen muito mais próximo do seu verdadeiro tamanho de gigante.


XVII
Pena que Lula seja muito melhor do que o PT, pena que Lula seja muito melhor do que o seu próprio governo. Não raro as conversas com ministros são decepcionantes. Não trazem inspiração, grandeza, altivez, autenticidade. Freqüentemente fala-se apenas com um poço de vaidades em formato de gente.


XVIII
No fundo, não nos interessa Lula, que já está indo embora. Interessa é que o Brasil vai se aproximando do seu papel mundial, interessa é que houve, sim, diminuição da miséria. E interessa separar as coisas, criticar o que está errado sem fazer coro com os interesses daqueles que querem o retorno das velhas políticas entreguistas do governo FHC.