quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mercado da Fé




Frei Betto *
Adital -

Como os supermercados, as Igrejas disputam clientela. A diferença é que eles oferecem produtos mais baratos e, elas, prometem alívio ao sofrimento, paz espiritual, prosperidade e salvação.
Por enquanto, não há confronto nessa competição. Há, sim, preconceitos explícitos em relação a outras tradições religiosas, em especial às de raízes africanas, como o candomblé e a macumba, e ao espiritismo.
Se não cuidarmos agora, essa demonização de expressões religiosas distintas da nossa pode resultar, no futuro, em atitudes fundamentalistas, como a "síndrome de cruzada", a convicção de que, em nome de Deus, o outro precisa ser desmoralizado e destruído.
Quem mais se sente incomodada com a nova geografia da fé é a Igreja Católica. Quem foi rainha nunca perde a majestade... Nos últimos anos, o número de católicos no Brasil decresceu 20% (IBGE, 2003). Hoje, somos 73.8% da população. E nada indica que haveremos de recuperar terreno em futuro próximo.
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Paquiderme numa avenida de trânsito acelerado, a Igreja Católica não consegue se modernizar. Sua estrutura piramidal faz com que tudo gire em torno das figuras de bispos e padres. O resto são coadjuvantes. Aos leigos não é dada formação, exceto a do catecismo infantil. Compare-se o catecismo católico à escola dominical das Igrejas protestantes históricas e se verá a diferença de qualidade.
Crianças e jovens católicos têm, em geral, quase nenhuma formação bíblica e teológica. Por isso, não raro encontramos adultos que mantêm uma concepção infantil da fé. Seus vínculos com Deus se estreitam mais pela culpa que pela relação amorosa.
Considere-se a estrutura predominante na Igreja Católica: a paróquia. Encontrar um padre disponível às três da tarde é quase um milagre. No entanto, há igrejas evangélicas onde pastores e obreiros fazem plantão toda a madrugada.
Não insinuo assoberbar ainda mais os padres. A questão é outra: por que a Igreja Católica tem tão poucos pastores? Todos sabemos a razão: ao contrário das demais Igrejas, ela exige de seus pastores virtudes heróicas, como o celibato. E exclui as mulheres do acesso ao sacerdócio. Tal clericalismo trava a irradiação evangelizadora.
O argumento de que assim deve continuar porque o Evangelho o exige não se sustenta à luz do próprio texto bíblico. O principal apóstolo de Jesus, Pedro, era casado (Marcos 1, 29-31); e a primeira apóstola era uma mulher, a samaritana (João 4, 28-29).
Enquanto não se puser um ponto final à desconstrução do Concílio Vaticano II, realizado para renovar a Igreja Católica, os leigos continuarão como fiéis de segunda classe. Muitos não têm vocação ao celibato, mas sim ao sacerdócio, como acontece nas Igrejas Anglicana e Luterana.
Ainda que Roma insista em fortalecer o clericalismo e o celibato (malgrado os escândalos frequentes), quem conhece uma paróquia efervescente? Elas existem, mas, infelizmente, são raras. Em geral, os templos católicos ficam fechados de segunda à sexta (por que não aproveitar o espaço para cursos ou atividades comunitárias?); as missas são desinteressantes; os sermões, vazios de conteúdo. Onde estão os cursos bíblicos, os grupos de jovens, a formação de leigos adultos, o exercício de meditação, os trabalhos voluntários?
Em que paróquia de bairro de classe média os pobres se sentem em casa? Não é o caso das Igrejas evangélicas, basta entrar numa delas, mesmo em bairros nobres, para constatar quanta gente simples ali se encontra.
Aliás, as Igrejas evangélicas sabem lidar com os meios de comunicação, inclusive a TV aberta. Pode-se discutir o conteúdo de sua programação e os métodos de atrair fiel. Mas sabem falar uma linguagem que o povo entende e, por isso, alcançam tanta audiência.
A Igreja Católica tenta correr atrás com as suas showmissas, os padres aeróbicos ou cantores, os movimentos espiritualistas importados do contexto europeu. É a espetacularização do sagrado; fala-se aos sentimentos, à emoção, e não à razão. É a semente em terreno pedregoso (Mateus 13, 20-21).
Não quero correr o risco de ser duro com a minha própria Igreja. Não é verdade que ela não tenha encontrado novos caminhos. Encontrou-os, como as Comunidades Eclesiais de Base. Infelizmente não são suficientemente valorizadas por ameaçarem o clericalismo.
Aliás, as CEBs realizarão seu 12º Encontro Intereclesial de 21 a 25 de julho deste ano, em Porto Velho (RO). O tema, "Ecologia e Missão"; o lema, "Do ventre da Terra, o grito que vem da Amazônia". São esperados mais de 3 mil representantes de CEBs de todo o Brasil.
Bom seria ver o papa Bento XVI participar desse evento profundamente pentecostal.
[Autor, em parceria com Leonardo Boff, de "Mística e Espiritualidade" (Garamond), entre outros livros].
* Escritor e assessor de movimentos sociais

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Olha a DITABRANDA

 

DITADURA MILITAR

Uma missa para o torturador


Celebração dos 30 anos da morte do delegado Sérgio Fleury, torturador da ditadura civil-militar, reúne cerca de 70 pessoas em São Paulo

Por Lúcia Rodrigues e Tatiana Merlino

Uma coroa de flores com o formato e as cores da bandeira nacional enfeita o altar da igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Sumaré, capital paulista. Penduradas nela, pequenas faixas com os dizeres, "ordem e progresso" e "herói nacional". Ao centro, a foto do delegado Sérgio Paranhos Fleury, um dos maiores torturadores da ditadura civil-militar (1964-1985), morto há 30 anos.

Cerca de 70 pessoas, entre parentes, amigos, delegados aposentados e representantes da TFP (Tradição, Família e Propriedade) celebraram na última quarta feira, o aniversário de três décadas de falecimento de Fleury. Entre eles, estava o delegado aposentado Carlos Alberto Augusto, conhecido como Carlinhos Metralha. Augusto, torturador temido nos porões do regime, integrou a equipe de Fleury e convocou a missa pela internet: "familiares, amigos, ex-policiais do DOPS e informantes contam com sua presença à missa". Ciro Moura, ex-candidato a prefeito, nas últimas eleições, pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão), que herdou o número da legenda de Collor, foi o único político a comparecer à cerimônia.

Antes do início da celebração, do lado de fora da igreja, velhos amigos conversavam animadamente, enquanto era distribuído um panfleto com a foto do homenageado e os seguintes dizeres: "Sua morte deixou em nós uma lacuna impreenchível. Só o tempo poderá atenuar a sua perda irreparável para a sociedade brasileira. Dr. Fleury ficará na memória de todos, a sua inesquecível figura que tanto bem semeou. À sua passagem, sempre cumprindo ordens superiores e defendendo a sociedade". Entre os carros luxuosos que entravam ao estacionamento, havia adesivos que faziam apologia à duras políticas de segurança pública. Em um se lia referência ao General Heleno, comandante militar da Amazônia. Outros adesivos faziam alusões à defesa do porte de armas.

Os presentes à missa do “herói nacional”, a maioria homens, vestiam terno e tinham cabelos brancos. Alguns mais novos, de terno e gravata, usavam broches com a bandeira do Brasil. As poucas mulheres, cabelos tingidos de loiro ou ruivo, maquiagem pesada, salto alto, meia calça, terninho.

A missa foi celebrada por Frei Yves Terral, que, durante a homília, afirmou que "Fleury teve, há 30 anos, uma feliz ressurreição" e que "estamos reunidos hoje para lembrar sua memória, e não deixar a história morrer". Durante a cerimônia, que teve início às 19 horas e durou 28 minutos e 45 segundos, o religioso disse frases como: "nós amamos Fleury", "Deus ama Fleury" e "Estamos reunidos para lembrar o ideal do jovem Fleury, lembrar que ele tinha um ideal". Na hora do Pai Nosso, Frei Yves pediu aos presentes que orassem "em nome de Jesus e Fleury".

Curiosamente, Yves Terral é franciscano, da ordem co-irmã a dos freis dominicanos, Tito, Fernando, Ivo e Beto, barbaramente torturados pelo delegado Fleury.

O delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury morreu em 1º de maio de 1979, na Ilhabela, litoral norte paulista, de forma misteriosa. Pouco depois de comprar um iate, supostamente caiu no mar e se afogou ao saltar de uma embarcação para a sua.  As autoridades policiais da época mandaram que seu corpo fosse enterrado sem ser submetido a necropsia. Fleury estava à frente do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), um dos mais temidos órgãos da repressão, e era o responsável por assassinatos e torturas que ocorriam no local.

O delegado ganhou "notoriedade" quando chefiou o Esquadrão da Morte, milícia clandestina formada por policiais que coalhava de corpos de supostos bandidos os terrenos baldios da periferia de São Paulo e do Rio de Janeiro. Fleury liderou, ainda, o fuzilamento do guerrilheiro da Ação Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella, numa rua de São Paulo, em 1969. Ao final da missa, a reportagem conversou com Frei Yves. Confira abaixo:

Lúcia Rodrigues - O senhor considera o Fleury um herói nacional?

Frei Yves Terral - Eu não considero, não. Não vem ao caso isso. Eu sou ministro da eucaristia. Na minha mesa todo mundo, até a direita, pode participar. E o Fleury era um desses casos. Não há o que impeça ele de poder participar de uma eucaristia. Eu estava em Mato Grosso, na época do Fleury.

Tatiana Merlino - O senhor conheceu o delegado Fleury?

Frei Ives Terral - Não, não. Eu estava na faixa de fronteira. Não conheci nem pelos jornais. Os jornais nem chegavam lá. Quando chegavam, era com atraso e era sinal de que não tinha notícia importante no Brasil. Porque quando tinha notícia importante não sobrava para nós. Agora eu acho bonito que celebrem a memória. Herói é uma palavra carregada de poder.

Lúcia Rodrigues - É porque na coroa de flores que estava perto do altar [coroa em formato da bandeira do Brasil, com a foto de Fleury ao centro, em que se lia em uma tarja: herói nacional]...

Frei Yves Terral - Sim, no altar. Era do pessoal que veio. Era dos parentes, da família. Era, seguramente, muito bonita a coroa.

Lúcia Rodrigues - E por que eles escolheram esta paróquia para realizar a missa?

Frei Yves Terral - Diante de muitas possibilidades... Não acho nada de mais.

Tatiana Merlino - Achei que a família frequentasse a paróquia.

Frei Yves Terral - Se frequenta...

Lúcia Rodrigues - O senhor não conhece?

Frei Yves Terral - Não conheço. Eu tenho amigos. Fui chamado para pôr uma imagem de nossa senhora, faz muito tempo, na Polícia Militar, no comando. Encontrei uma turma de jovens oficiais, com formação francesa, cheios de ideal, que realmente me trouxeram admiração. Admiração abre caminho para amizade. Então, eu tenho alguns amigos militares. Talvez entre eles tenham falado: lá tem o frei Yves para rezar por nós. Se amanhã vier a família do Meneguelli [provavelmente se refere a Carlos Marighella] pedir para rezar uma missa aqui, eu vou rezar e vou fazer o que Jesus faz. Se colocar compassivo, do ponto de vista daquela pessoa, daquela família, daqueles amigos.

Tatiana Merlino - Durante a celebração, o senhor disse que o Fleury tinha um ideal.

Frei Yves Terral - Tenho certeza. Sem o conhecer, eu tenho quase absoluta certeza. Todos os oficiais têm um ideal. Pela profissão, tem sempre um risco de vida maior. No início de sua profissão, da vocação, há um ideal. Depois, algumas vezes, diante da realidade, pode ter coisas belíssimas e coisas que alguns podem discordar. Mas Deus não criou gente ruim.

Lúcia Rodrigues - O senhor acha que ele é uma figura polêmica?

Frei Yves Terral - Está na história. Está na história. Só que é uma história que não é contada, por enquanto. O outro lado foi muito bem contado. Porque estão no poder. São sempre os vencedores que contam a história.

Lúcia Rodrigues - Quem são os vencedores?

Frei Yves Terral - Os vencedores que estão no governo atualmente. No PT. Essa história daquele lado está sendo contada. O outro não está e Deus queira que não seja contada tão cedo.

Tatiana Merlino - Deus queira que não seja contada, por quê?

Frei Yves Terral - Porque não está na hora de recomeçar o que foi feito, me parece. Porque estamos numa democracia. Que tem que ser corrigida. Vocês da imprensa sabem muito bem. Vocês embaralham até o Lula.

Lúcia Rodrigues - O Fleury não era um torturador? O senhor rezou durante a missa em nome do Fleury e não pelo Fleury. Eu não sou católica, mas em geral se reza pela alma da pessoa e não em nome da pessoa.

Frei Yves Terral - Não podem me culpar por ter rezado pelo Fleury.

Lúcia Rodrigues - O senhor rezou em nome do Fleury.

Frei Yves - Eu pedi para que a turma que estava meio fria, se manifestasse. Foi uma forma de fazê-los participar. A turma que estava lá, era um pessoal mais reservado. Não era nenhum carnaval, nenhuma vitória do Corinthians. Então, era uma forma deles participarem, era emprestar palavras ao Fleury. Para se manifestarem um pouco. Uma missa não pode ser só o presidente.

Lúcia Rodrigues - O senhor acha que isso ajudou a celebração?

Frei Yves Terral - Ajudou eles a participarem. Senão, não teriam participado. Alguns não teriam participado de nada.

Lúcia Rodrigues - Por quê?

Frei Yves Terral - Não sei. Porque não estão acostumados a participar de uma missa. Por diversos motivos. Tem gente que vai numa missa de sétimo-dia e não fala nada, só segura lágrimas. No Brasil, há tantos tipos de culturas. Graças a Deus. Tem de se conviver. Pode-se rezar uma missa para defuntos de um jeito ou de outro.

Lúcia Rodrigues - Eu entendo a posição do senhor. O senhor é padre e reza por bandidos. O Fleury era um torturador, que assassinou várias pessoas. E o senhor ainda reza em nome dele?

Frei Yves - Espera aí, Espera aí. Eu vivi em Mato Grosso. E tinham umas pessoas que a igreja não mandava abençoar quando morriam. Todas morreram de morte violenta. Eu abençoei todos aqueles que me foram apresentados. Você estava lá?

Lúcia Rodrigues - Onde?

Frei Yves - Quando ele morreu?

Lúcia Rodrigues - Não. Eu era criança.

Frei Yves - Mas Deus estava. Não podemos saber o que aconteceu. Não podemos fazer mau juízo do próximo. Agora, posição política eu não tenho. Eu não sou nem brasileiro.

Tatiana Merlino - O senhor disse que ele tinha um ideal.

Frei Yves - Tinha um ideal.

Tatiana Merlino - Torturando os opositores?

Frei Yves - Isso não foi quando ele era jovem. Foi depois. Deus o criou bom.

Lúcia Rodrigues - Mas dentro de uma igreja, ter uma bandeira nacional com a foto dele, escrito herói nacional... Um torturador não é um herói.

Frei Yves - O mandamento é honrar pai e mãe. É isso que quer dizer a
bandeira brasileira. Foi uma honra.

Lúcia Rodrigues - Há quanto tempo o senhor está no Brasil?

Frei Yves - 43 anos.

Tatiana Merlino - E em São Paulo?

Frei Yves - Há 30.

Lúcia Rodrigues - Então o senhor estava aqui quando o Fleury morreu.

Frei Yves - Pode até ser. Mas como teve essa mudança de Mato Grosso para cá, naquela época... Não posso dizer se ele morreu quando eu estava em Mato Grosso ou aqui.

Tatiana Merlino - É claro que para a igreja todos são filhos de Deus. Mas o senhor celebrou a missa com uma simpatia muito especial pelo delegado Fleury.

Frei Yves - O meu Deus é compassivo. O meu Deus é compassivo. Ele se põe do ponto de vista da pessoa. A senhora procure se por do ponto de vista de Jesus.

Tatiana Merlino - O senhor sabia que o delegado Fleury era um torturador?

Frei Yves - Eu sabia que era um homem político, que contestava. Que teve uma história não apenas de um simples delegado, mas de uma dimensão política mais forte.

Tatiana Merlino - Que era um torturador?

Frei Yves - Sei lá se era torturador.

Lúcia Rodrigues - O senhor não sabia que ele era um torturador?

Frei Yves - Escuta aqui. No Araguaia, por exemplo. O soldado que foi mandado para lá, para restabelecer a ordem. Se matou alguém, ele era um torturador?

Lúcia Rodrigues - O delegado Fleury é um torturador. Existem pessoas que foram torturadas por ele e outras que viram companheiros sendo assassinados no pau-de-arara, inclusive.

Frei Yves - Então precisa de mais reza ainda. Precisa mais de reza do que outros.

Lúcia Rodrigues - Mas o senhor sabia que ele era um torturador?

Frei Yves - Eu sabia o que todo mundo sabe. Agora se vocês falam que ele era um torturador... Eu não sei. Eu não lembro, eu estava no Mato Grosso.

Lúcia Rodrigues - A morte dele saiu na TV.

Frei Yves - Mas você pensa que em Mato Grosso tinha TV?

Lúcia Rodrigues - Mas o senhor já estava em São Paulo.

Frei Yves - Eu sou muito amigo do Dom Paulo [Evaristo Arns]. Li todos os livros dele.

Lúcia Rodrigues - O Dom Paulo diz que ele é um torturador.

Tatiana Merlino - Então o senhor leu o Brasil Nunca Mais?

Yves Terral - Mas isso não tira o direito dele ter uma missa. Não pode ser negado esse direito.

Lúcia Rodrigues - O que nós estamos dizendo é da sua simpatia e da forma que foi colocado. O que surpreendeu foi o senhor ter rezado não por ele, mas em nome dele.

Yves Terral - Eu faço isso em todas as missas. Praticamente faço isso em todas as missas.

quarta-feira, 20 de maio de 2009


RAZÕES TUCANAS PARA A CPI DA PETROBRAS

Os tucanos querem desmoralizar e desestabilizar a maior empresa brasileira (sétima maior empresa de petroléo do mundo) para servir a seus patrões: os privatizadores. Fernando Henrique abriu a exploração aos grupos estrangeiros na esperança de destruir a Petrobrás e vendê-la.
Fernando Henrique era a favor da privatização da Petrobrás. Ele e aquele que ele chama de “brilhante”, Daniel Dantas.











Daniel Dantas recebeu de Antonio Carlos Magalhães a incumbência de estudar a privatização da Petrobrás como forma de o PFL (DEM) contribuir com o governo que se iniciava, o de Fernando Henrique Cardoso.
Como primeiro passo do marketing de privatização da Petrobrás, os cérebros que cercavam Fernando Henrique iam mudar o nome da empresa para “Petrobrax”, marca evidentemente mais globalizada… O sufixo “bras” provocava comichão em Fernando Henrique, que, em entrevista à Revista Piauí, qualificou a solenidade do 7 de Setembro de “uma palhaçada” (ele deve comemorar o 4, o 9 ou o 14 de Julho, em silêncio).
Na superfície, os senadores tucanos querem a CPI para salvar o mandato. O objetivo, porém, corre em águas profundas.
O que os tucanos querem é impedir que se crie uma nova agência estatal para administrar o pré-sal e, como na Noruega, através de um fundo de investimento, transferir os recursos para a educação.
Os tucanos, como os seus antecessores, Assis Chateaubriand e Roberto Campos, estão a serviço do capital estrangeiro.
Tomara que a ministra Dilma Rousseff e o presidente Lula, nos palanques da campanha de 2010, digam assim, com todas as letras: o Serra vai privatizar a Petrobrás.


(Paulo Henrique Amorim)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O COMPORTAMENTO MALICIOSO DA OPOSIÇÃO

Quinta-feira, 14 de Maio de 2009

Líder do governo volta a criticar oposição por mentir sobre confisco

O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), voltou a acusar setores da oposição de fazer "terrorismo" por ter afirmado, durante vários dias em programas de rádio e TV, que o governo do presidente Lula faria um confisco na caderneta de poupança, a exemplo do governo Collor em 1990."São declarações mentirosas e irresponsáveis, um crime contra a economia popular. Trata-se mesmo de terrorismo: mentir, assustar as pessoas, induzir ao erro. Podem, inclusive, ter prejudicado pessoas que eventualmente migraram para outro investimento e perdido dinheiro", disse o líder, em conversa com jornalistas ocorrida há pouco no Salão Verde da Câmara.Para Fontana, a oposição "dá um tiro no pé" também ao criticar as novas regras para a poupança. "O governo teve coragem para fazer algo necessário. E a oposição, o que propõe? Qual é a sugestão da oposição para a poupança, já que, felizmente, temos uma gradativa redução da taxa Selic?", questionou.A oposição é irresponsável também, segundo o líder, por fazer acusações infundadas e depois não se retratar. "Por exemplo, a ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil) e o ministro Tarso [Genro, da Justiça] foram inocentados ontem da acusação de terem vazado informações sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique. Cadê a oposição para reconhecer que errou? Eles não fazem autocrítica", lamentou.O líder do governo disse que a população vai perceber no final do mês, ao verificar seus rendimentos, que nada mudou. As novas regras (de incidência de imposto sobre a poupança), lembrou Fontana, valerão para 2010, e atingirão apenas aplicações a partir de R$ 50 mil, que correspondem a 1% dos poupadores. A taxação ocorrerá somente se a taxa Selic for inferior a 10,5%.
Assessoria Parlamentar

quarta-feira, 13 de maio de 2009

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÕNIA

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.
Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.
Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:
"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"
Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!

É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.

SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

Acesse o site:
e assine essa carta, se voce se preocupa com a devastação da Amazônia...

Foi marcada a entrega das assinaturas do Manifesto “AMAZÔNIA PARA SEMPRE” ao Presidente Luis Inácio Lula da Silva no dia 04/06 às 15:00 horas.

HOJE, 13.05.09, iniciará a VIRGILIA AMAZÔNICA NO SENADO FEDERAL.

A Vigília, que será interativa, ocorrerá das 18 às 24 horas e estamos fazendo uma convocação para que as pessoas acompanhempela TV SENADO e participem enviando suas sugestões, comentários e protestos através do telefone ALÔ SENADO – 0800 61 22 11 ou através do email scomcmmc@senado.gov.br.

Estamos a beira de um grande retrocesso na votação de emendas que flexibilizarão o Código Florestal e mesmo a Constituição.

A Vigília é um alerta geral! Divulguem e participem! Se faz parte da luta pela defesa da Amazônia, faça a sua parte...

Salve a Amazônia...



terça-feira, 12 de maio de 2009


Economia solidária para todos...









Economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano - e não do capital - de base associativista e cooperativista, voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços, de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida. Assim, nesta economia, o trabalho se transforma num meio de libertação humana dentro de um processo de democratização econômica, criando uma alternativa à dimensão alienante e assalariada das relações do trabalho capitalista

O que é Economia solidária???
A economia solidária se origina na Primeira Revolução Industrial, como reação dos artesãos expulsos dos mercados pelo advento da máquina a vapor. Na passagem do século XVIII ao Século XIX, surgem na Grã-Bretanha as primeiras Uniões de Ofícios (Trade Unions) e as primeiras cooperativas. Com a fundacão da cooperativa de consumo dos Pioneiros Equitativos de Rochdale (1844) o cooperativismo de consumo se consolida em grandes empreendimentos e se espalha pela Europa primeiro e depois pelos demais continentes.
A economia solidária é um modo específico de organização de atividades econômicas. Ela se caracteriza pela autogestão, ou seja, pela autonomia de cada unidade ou empreendimento e pela igualdade entre os seus membros. Nos primórdios do capitalismo, o modelo apresentado mostrava que o empregado era tido unicamente como propriedade do empregador, separado das forças produtivas que detinha ou utilizava. O conceito que pode ser empregado pela economia popular solidária é:

“o conjunto de empreendimentos produtivos de iniciativa coletiva, com certo grau de democracia interna e que remuneram o trabalho de forma privilegiada em relação ao capital, seja no campo ou na cidade. Tolerar ou mesmo estimular a formação de empreendimentos alternativos aos padrões capitalistas normalmente aceitos, tais como cooperativas autogeridas é, objetivamente falando, uma forma de reduzir o passivo corrente que se materializa em ondas de crescentes de desemprego e falências. (...) Tais empreendimentos encontram potencialmente no trabalho coletivo e na motivação dos trabalhadores que os compõem, uma importante fonte de competitividade reconhecida no capitalismo contemporâneo. Enquanto no fordismo a competitividade é obtida através das economias de escala e de uma crescente divisão e alienação do trabalho associadas a linhas produtivas rígidas – automatizadas ou não -, na nova base técnica que está se configurando, uma importante fonte de eficiência é a flexibilização.” (GAIGER: 2002, p.64)

Para Singer, a definição da economia solidária está ligada a relação entre o trabalhador e os meios de produção, sendo que:

“A empresa solidária nega a separação entre trabalho e posse dos meios de produção, que é reconhecidamente a base do capitalismo. (...) A empresa solidária é basicamente de trabalhadores, que apenas secundariamente são seus proprietários. Por isso, sua finalidade básica não é maximizar lucro mas a quantidade e a qualidade do trabalho” (SINGER: 2002, p.04)
A economia solidária, então, apresenta-se como uma reconciliação do trabalhador com seus meios de produção e fornece, de acordo com Gaiger (2003), uma experiência profissional fundamentada na eqüidade e na dignidade, na qual ocorre um enriquecimento do ponto de vista cognitivo e humano. Com as pessoas mais motivadas, a divisão dos benefícios definida por todos os associados e a solidariedade,

“o interesse dos trabalhadores em garantir o sucesso do empreendimento estimula maior empenho com o aprimoramento do processo produtivo, a eliminação de desperdícios e de tempos ociosos, a qualidade do produto ou dos serviços, além de inibir o absenteísmo e a negligência” (GAIGER: 2002, p.34).

Um dos conceitos, então, que está intrinsecamente ligado à realização de um empreendimento solidário é desenvolvimento local. Com a grande tendência de aumento do rendimento do trabalho associado, há a busca por promover o desenvolvimento local dos aspectos econômico e social, sendo que este define-se como o:

“processo que mobiliza pessoas e instituições buscando a transformação da economia e da sociedade locais, criando oportunidades de trabalho e renda, superando dificuldades para favorecer a melhoria das condições de vida da população local” (JESUS, in: CATTANI: 2003, p.72).

Segundo Gaiger (2002), quatro características econômicas fazem parte do modo de produção capitalista, essas são: produção de mercadorias com único objetivo de comercialização, separação dos trabalhadores dos meios de produção, transformação do trabalho em mercadoria por meio do empregado assalariado e existência do lucro e da acumulação de capital por parte do empregador que detém os meios de produção. Com tudo isso, principal elemento do modelo capitalista é ser desigual e combinado, onde parte dos trabalhadores é bem sucedida, o restante perde suas qualificações e muitos se tornam miseráveis (Singer, 2004). Isso se dá devido a uma crescente valorização da competição, que, ao contrário do senso comum, não é antagônica à cooperação.
Ambas coexistem e o que caracteriza o modo de produção em que a sociedade se baseia é a predominância de uma ou outra. Quando a competição sobressai em relação à cooperação, a grande tendência é a exclusão daqueles que fracassam ou não estão aptos, enfraquecendo o ambiente sistemicamente. Em contrapartida, quando a cooperação preside as relações, cria-se um ambiente tolerante e igualitário, tornando possíveis processos de recuperação de economias abaladas (MYRDAL, in: ARROYO: 2008). A economia solidária, conforme Wautier (In: CATTANI: 2003, p.110), é orientada do ponto de vista sociológico e:

“acentua a noção de projeto, de desenvolvimento local e de pluralidade das formas de atividade econômica, visando à utilidade pública, sob forma de serviços diversos, destinados, principalmente, mas não exclusivamente, à população carente ou excluída”

Pode-se dizer também que é fundada em relações nas quais as práticas de solidariedade e reciprocidade não são utilizadas como meros dispositivos compensatórios, mas sim fatores determinantes na realidade da produção da vida material e social

Conceito solidário de produção
Se o empreendimento solidário for de produção, o seu capital será constituído por cotas, distribuídas por igual entre todos membros, que desta forma, são sócios do empreendimento. O princípio geral da autogestão é que "todos os que trabalham são donos do empreendimento e todos os que são donos trabalham no empreendimento."
Exemplos de empreendimentos solidários produtivos
São exemplos de empreendimentos solidários produtivos: associações ou cooperativas agropecuárias, industriais, de transporte, de educação escolar, de hotelaria, ecovilas entre outros.
Conceito solidário de consumo
Se o empreendimento solidário for de consumo, o seu capital será também constituído por cotas, distribuídas por igual entre todos membros, que assim se tornam sócios do empreendimento. Neste caso, o princípio geral da autogestão é que "todos os que consomem são donos do empreendimento e todos os que são donos consomem no empreendimento".

Exemplos de empreendimentos solidários de consumo
Exemplos de empreendimentos solidários de consumo são: cooperativas de consumo, habitacionais, de crédito e mútuas de seguros gerais, de seguro de saúde, clubes de troca, etc.

Forma de administração
A administração de um empreendimento é coletiva e democrática. Todas as decisões mais importantes são tomadas em assembléias de sócios, em que vigora o princípio "cada cabeça um voto". Se dirigentes são necessários eles são eleitos pelos sócios e podem ter seu mandato revogado por eles, no caso do desempenho do dirigente for considerado não-aceitável por uma maioria dos membros.
Dentre os instrumentos usados para facilitar a comercialização dos produtos da economia solidária, como alternativa ao escambo e com finalidades específicas, existe a moeda social.

Finalidade
A economia solidária possui uma finalidade multidimensional, isto é, envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável; vale ressaltar: a Economia Solidária não se confunde com o chamado "Terceiro Setor" que substitui o Estado quando ele não cumpre suas obrigações legais. Para incentivar a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos a Economia Solidária reafirma, assim, a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos históricos.

Fonte: Wilkipedia, maio de 2009.

O MOVIENTO SOLIDARIEDADE É CULTURA














A ESCOLA E O CAIPIRA

Caipira (palavra tupi que significa tímido, envergonhado) originoou-se do casamento de Índios com brancos. Podemos reconhecer o caipira, que geralmente é lavrador, pequeno agricultor, camponês,por alguns sinais bem típico:o gosto de andar descalço ou com um simples chinelos;comer ou conversar de cócoras; o gosto pela música sertaneja(aquela que canta sua terra, seu rios, costumes,folclore,suas lendas,seus cantos,enfim,o seu Sertão).
No mês de junho falam muito no caipira e em seus costumes, mas a mensagem que fica é uma mensagem desqualificada da realidade, muitas vezes dentro da escola passa despercebido, vejamos; a escola trabalha com seus alunos a importância de uam dentição saudável, mas enaltece o dente cariado ou a falta de dentes ao retratar o caipira nas festas juninas. Isso é no mínimo,incoerente sem falar no desrespeito à familia, ao delegado, ao padre a ao matrimônio, quando representa o "casamento na roça". No meio rural nada acontece:o caipira nunca vai a festa com sua pior veste.Não entra em ambiente fechados usando chapeu.
Seria importante esclarecer a sociedade que estas são representações artificiais incorretas, nas quais o padre, o juiz,o delegado e o relacionamento homem-mulher são ridicularizados. A sociedade a escola deve ensinar o respeito às diferenças, à diversidade cultural e a valorizar a população rural

TARIFA SOCIAL DE ENERGIA



A lei n. 10.438, de 2002, estabelece a Tarifa Social Baixa Renda na conta da luz. Em virtude da interpretação de algumas exigências para ter direit0 a esta tarifa, há uma disputa judicial entre a Agência Nacional de Energia Elétrica(Annel) e representantantes de consumidores. porem uma liminar expedida pelo Tribunal Regional Federal garante a todas as familias que consomem até 220Kwh?mês, com loigação monofásica, o direito desse deconto na conta da luz, que pode chegar a 65%. O Movimento dos Atingidos por Barragens está fazendo uma campanha, junto com outras entidades, para que todos os brasileiros que se enquadrem nas condições estabelecidas tenham esse direito concretizado.Por enquanto, o caminho tem sido uma auto declaração dos consumidores de que se enquadram no beneficio da lei. Esta declaração, preferencialmente feita de forma coletiva, é entregue à distribuidora de energia. Inúmeros consumidores já conquistaram os desconto.
Desde o processo de privatização do setor elétrico do Brasil, as tarifas já aumentaram 386,2%, o dobro da inflação. Hoje ostentamos a quinta maior tarifa mundial de energia elétrica.Enquanto isso, grandes empresas conseguem descontos generosos na sua conta de luz. A Alcoa e a Vale, por exemplo, que possuem idústrias de alumínio e ferro no norte do país, recebem energia subsidiada, a preço de custo real, com contratos atá 2024.(FONTE- Movimento dos Atingidos por Barragens - MA

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O MOVIMENTO SOLIDARIEDADE SE SOLIDARIZA COM ESTE TIPO DE ATITUDE DE PESSOAS SENSATAS E RESPONSAVEL BUSCANDO UM PARÁ POSSÍVEL.


Instituições do Pará pedem cancelamento de títulos falsos
Da Redação
Agência Pará
© Tamara Saré / Ag. Pará
O procurador da República, Felício Pontes, destacou o trabalho do Iterpa, que permitiu montar o mapa das terras ocupadas indevidamente no Pará
© Tamara Saré / Ag. Pará
Girolamo Treccani ressaltou que, pela primeira vez, foi detalhada a dimensão e a profundidade do problema fundiário no Estado
© Tamara Saré / Ag. Pará
Representantes de movimentos sociais participaram do evento, apoiando o trabalho feito pela Comissão
Representantes do poder público e da sociedade civil formalizaram nesta quinta-feira (30) um pedido de providências ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que determine o cancelamento administrativo dos registros de terra com evidência de grilagem ou incorreção. Alguns municípios, por exemplo, têm registros bloqueados de áreas superiores a sua superfície territorial.
A medida foi formalizada na sede da Procuradoria da República no Pará, numa programação da Comissão Permanente de Monitoramento, Estudo e Assessoramento das Questões Ligadas à Grilagem, criada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJE) e que tem representação do poder público e da sociedade. Após a programação, o documento oficial com a assinatura dos membros da Comissão foi enviado, via Correios, ao CNJ, em Brasília.
Além do Iterpa, a Comissão é formada por representantes do TJE, Procuradoria Geral do Estado, Incra, Ministérios Públicos Federal e Estadual, Advocacia Geral da União, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Seção Pará), Federação dos Trabalhadores na Agricultura, Comissão Pastoral da Terra e Federação da Agricultura do Pará.
As providências ao CNJ foi uma das formas encontradas pela Comissão diante da decisão da desembargadora Maria Rita Lima Xavier, corregedora do Interior, em recusar o pedido de cancelamento administrativo de todos os títulos irregulares, já bloqueados por medida do próprio TJE.
Em dois anos de trabalho, em levantamento realizado em cartórios do interior, a Comissão detectou a existência de 9.815 registros de terras bloqueados, documentos que apresentam várias irregularidades. O trabalho realizado pela Comissão confirmou e detalhou a dimensão e profundidade do problema, como nunca fora feito antes, segundo Girolamo Treccani, do Iterpa.
Limite constitucional - Alguns registros apresentam áreas que, possivelmente, são erros de escrituração, documentos que não transferem domínio ou que não apresentam dados de título de origem. Há ainda registros duvidosos, sendo mais de 5 mil registros com área superior ao limite constitucional, sem a autorização do Senado ou do Congresso Nacional, o mesmo ocorrendo com títulos emitidos pelo Governo do Pará em área superior ao limite constitucional.
A análise da Comissão concluiu que os municípios de Moju, Acará, Tomé-Açu e São Félix do Xingu são localidades que apresentam as maiores irregularidades e incoerência nas documentações, indicando propriedades com área superior aos limites territoriais do município. Esta é uma das situações encontradas pela Comissão durante o trabalho executado nestes dois anos.
Durante a programação na Procuradoria da República foi muito elogiado o trabalho desenvolvido pela Comissão. O presidente da Fetagri, Carlos Augusto Silva, ressaltou que "enfim, foi aberta a caixa preta". Segundo ele, o momento é histórico para o avanço no combate à grilagem no Estado, considerando que todas essas terras devem ser destinadas à reforma agrária.
O procurador da República, Felício Pontes, destacou a atuação do Iterpa no trabalho da Comissão, ao fazer o levantamento necessário para a concretização da pesquisa. O presidente do Iterpa, José Heder Benatti, afirmou que hoje o Estado tem o controle do que está acontecendo na área fundiária. Ele admitiu que a existência de títulos falsos são obstáculos para a regularização de terras, mas esse é um problema que, de acordo com o procurador Geral do Estado, Ibraim Rocha, continuará sendo combatido pelo governo do Estado.
Reforma agrária - O cancelamento de todos os títulos irregulares é o caminho mais seguro para a redução dos conflitos fundiários no Estado, para a regularização fundiária e, consequentemente, a efetivação da reforma agrária. O caminho pretendido pela Corregedoria do Interior e proposto para a Comissão seria a abertura de ações judiciais para cada um dos registros, nas diversas varas agrárias - um trabalho que deveria ser concluído em 10 anos. Esta medida já foi adotada pelo Iterpa que, nos últimos 15 anos, ajuizou 50 ações envolvendo mais de 24 milhões de hectares, mas apenas seis dessas ações foram concluídas.
Esse resultado mostrou que as ações judiciais não alcançaram seus objetivos, e que para resolver a questão o caminho apontado é o cancelamento, via Corregedoria do Interior, como já fez a Corregedoria do TJE do Estado do Amazonas, com base em determinações constitucionais, cancelando 48.478.357,558 hectares de terras, que foram devolvidos ao patrimônio fundiário federal.
Texto: Dorinha Rayol - Iterpa

Amazônia da seca as inudações... Aquecimento Global!!!

A Amazônia enfrentou uma das maiores secas de sua história (ver vídeo abaixo).
Desta vez, é a cheia que alcança proporções históricas e efeitos catastróficos, com o rompimento de barragens na região de Altamira, na hidrografia do Xingu, que alagou parcialmente a cidade.

O rio Tapajós estar tendo a maior cheia registrada em todos os tempos. A informação é da Defeca Civil do Pará. O nível do rio atingiu 8,94 m, ultrapassando 34 cm da última marca da maior enchente da região, ocorrida em 2006, quando o rio chegou a 8,60 m. A forte chuva que durou mais de 12 horas, contribuiu para elevar o nível das águas. Mais de 40 mil pessoas foram afetadas pela cheia. Ao todo, a região oeste do Pará tem 17 municípios atingidos pela cheia, com 140 mil pessoas afetadas.

A governadora Ana Julia Carepa, declarou situação de emergência em decorrência das fortes chuvas. O aumento do nível dos rios provocaram inundações que comprometeram a segurança e a saúde da população desses municípios. Devido esta condição, a governadora homologou decretos das prefeituras. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (30). O secretário de Estado de Integração Regional do Pará, André Farias, informou que, por determinação da governadora, Ana Julia Carepa, as ações estão sendo tomadas de forma integrada, por meio de um conjunto de secretarias e órgãos estaduais. "São situações emergenciais em que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão treinados para atuar, e que envolvem outras secretarias em ações de curto e médio prazo para atender a população", concluiu. Essa decisão da Governadora, mostra que o Estado dá alta prioridade para a situação emergencial dos municípios em calamidade publica.

Provavelmente cientistas iniciarão um debate discutindo se a excepcional cheia dos rios da Amazônia este ano seria ou não conseqüência das mudanças climáticas. Seria evento isolado ou se encaixa no contexto das chuvas que já castigaram muito do Brasil, atingindo gravemente Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e, agora, o Pará. Debates que, provavelmente, não chegarão a uma conclusão definitiva.

O consenso entre cientistas, por outro lado, é que eventos extremos desse tipo se tornarão cada vez mais freqüentes e catastróficos no futuro, em cenários em que a temperatura do planeta se eleve acima de 2 graus.

Afinal, será possível identificar uma data inicial, um marco definidor que determine quando começaremos a sentir os efeitos das mudanças climáticas? Ou já as estaremos vivendo agora?

No mínimo, os desastres de Altamira e Santarém mostram outras tendências das mudanças climáticas. Primeiro, que a Amazônia também vai pagar o preço de um problema que tem suas origens na própria região, pois o desmatamento coloca o Brasil na posição de quarto maior poluidor do clima do planeta. E, no final, que são os pobres que vão sofrer mais com as conseqüências devastadoras do fenômeno.

Onde está os culpados pelas mudanças climáticas, que afetam diretamente a Amazônia, em especial o Pará. Indiscutivelmente isso estar ligado ao setor madeireiro que historicamente, é logrado de sulistas brasileiros que migram para a Amazônia com a intenção de enriquecer a qualquer custo. Que invadem, grilam as terras e desumanizam o tratamento com os caboclos amazônicos, os originais filhos da região, nascidos e criados aqui e adaptados a viver em harmonia com a maior florestal tropical do mundo.

Historicamente, o Estado do Pará é um dos culpados por essas ações, voltados para o compromisso do desenvolvimento acelerado, e sem respeito ao custo ambiental para o mundo (desde o Governo Militar e acelerado nos 12 anos de governo Tucano no Pará). Apenas, com a mudança de paradigmática da Governadora Ana Julia, de como o desenvolvimento deve ser aplicado, que o Estado repensa suas praticas de incentivos a sustentabilidade na Amazônia. Um exemplo disso é o programa UM BILHÃO DE ARVORES PLANTADAS PARA A AMAZONIA, o Pará faz sua parte por um planeta melhor.

O Pará precisa reverter a agenda ambiental negativa que
há tempos sustenta, enraizando a idéia de que é um Estado com vocação para o
desenvolvimento ambiental. A governadora informa que, para atingir a meta de um bilhão de
árvores plantadas na Amazônia, o governo lançará mão de dez mecanismos que
conduzirão ao desenvolvimento da economia florestal. Entre eles está o Zoneamento Ecológico Econômico, a realização do cadastro ambiental, a implementação do ICMS
ecológico, os sistemas públicos de financiamento de gestão florestal, a criação da rede
de sementes do Estado, entre outros.

O plantio de um bilhão de árvores poderá promover a retenção de mais de
10 milhões de toneladas de carbono por ano, o que constituirá um dos pilares do Plano
Estadual de Mudanças Climáticas, associada a iniciativa do Ministério do Meio
Ambiente para a redução das emissões provenientes do desmatamento e da degradação
florestal.

Pra frente Governadora, isso é um respeito claro do Estado com a Amazônia.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Como se fosse um RE X PA

O ex-governador Hélio Gueiros com sua fala cabocla e em seus programas de rádio costu,ava comparar a paixão pela política e as disputas partidárias e eleitorais como se fose o eterno confluto da disputa entre o Remo e o Paissandu.
Existe na crendice nacional, dos apaixonados pelo futebol, e em particular os tercedores do FLAMENGO a seguinte estória: Em cada Vilarejo do Brasil, por menor que seja, sempre haverá uma Igreja, um pastor, uma escola e um torcedor do Flamengo.
Estas metáforas servem para ilustrar a paixão política de Santa Luzia do Pará? uns são 13 e outros são 22. Analisemos esta polarização na co-relação de forças políticas do Pará e do Brasil: O Presidente Lula é do PT (13), o Vice Presidente José de Alencar é do PR (22), a Governadora Ana Júlia é do PT (13) e se u vice Odair Corrêa -e do PSB (40), em ambos os casos, o PR 22 é aliado do Governo do PT, mas em Santa Luzia o PR é frontalmente advwersário do PT e do Prefeito Louro. Nos perguntamos como será a posição e o palanque destes políticos nas eleições de 2010.
Ana Júlia é candidata do PT a re-eleição, o PR neste momento é aliado e deve vir em apoio à governadora e o PT, e o palanque? O Deputado Adamor do chamado G8 que já foi g10 e seu grupo político Luziense vai estar no palanque do PT e da governadora? Em eleições passadas este pessoal do 22 chamava a governadora dos piores nomes, não vale a pena citarmos palavrões neste blog, assim como atacavam o PT e Lula de corruptos, ladrões e adjetivos os piores possíveis, mas neste momento da conjuntura buscam cargos de assessorias e empregos para os seus cupinchas, são base de apoio do PT e da governadora e do Presidente LULA.
No cotidiano da política municipal, os partidários do 22 têm uma prática de eternamente estarem se preparando para cassar o Prefeito Louro, passados os primeiros quatro anos do governo de Louro e do PT, foram processos, ameaças de CPIs, denúncias na imprensa (jornal liberal), perseguições, o que conseguiram foi perder a direção da Câmara Municipal para a Vereadora do PT. Agora no segundo mandato de Louro re-eleito, foram quatro processo na Comarca de Ourém, o PT e o prefeito Louro ganharam todos os quatro, recorreram para a instância Estadual, e tiveram um processo de propaganda extemporânea. todo cheio de falhas, que não comprova que o governo fez propaganda institucional com fins eleitorais fora do prazo, o que significa que não foi utilizado logomarca do governo de todos após o dia 03 de julho de 2008, mas eles se preparam, se articulam, vendem fazenda para arrumar dinheiro, animam sua torcida dizendo que desta vez vão cassar o prefeito Louro.
Queremos dizer ao povo Luziense e às pessoas sérias e de bem deste município, que a Justiça Eleitoral e os magistrados são pessoas sérias e honestas, que o PT têm advogados competentes, que o Governo Municipal e o Prefeito Louro são instituições ´serias e honestas, que vamos ganhar novamente na instância Estadual, que não adianta eles amaeaçarem, quererem comprar juizes, pois seu tempo de ditadura oligarquica está chegando ao fim. Este povo do 22 não controla mais juizes, promotores, delegados, policiais, que chegou o tempo de justiça, tempo de transparência e tempo de honestidade e paz.
Vamos fazer da política um instrumento de oportunidades para buscar qualidade de vida para o povo luziense, ultrapassar os mecanismos da perseguição, da mentira e da violência. aprender fazer oposição, propor projetos e políticas públicas que promovam o desenvolvimento municipal, que possibiletem novas perspectivas futuras de cidadania, emprego, trabalho e renda para nosso população mais pobre.
É hora de solidariedade, e o PT vai continuar lutando pra melhorar a vida de nossa gente.
Nonato Guimarães