quinta-feira, 30 de abril de 2009

Berzoini anuncia ação contra propaganda alarmista e mentirosa do PPS na TV

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), repudiou nesta quinta-feira (23) o boato que vem sendo espalhado pelo PPS, em inserções na televisão e no rádio, de que o governo Lula vai mexer na caderneta de poupança, como fez o governo Collor em 1990, confiscando depósitos. “Ao manipular informações com o objetivo de alarmar as pessoas, o PPS age como uma sublegenda dos neoliberais tucanos e a serviço do governador de São Paulo, José Serra. O PPS utiliza de forma indevida o horário partidário no rádio e televisão para espalhar o pânico”, disse Berzoini.
A assessoria jurídica do PT vai encaminhar um questionamento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as inserções do PPS. “A utilização do horário eleitoral de modo indevido prejudica uma conquista democrática. É inadmissível que o PPS utilize o espaço reservado aos partidos como está fazendo, manipulando informações”, disse o presidente do PT.
Segundo ele, o PPS, sob a gestão do ex-senador Roberto Freire (PE) está “cada vez mais alinhado à direita brasileira, servindo de instrumento de ataque a um governo de enorme popularidade, especialmente em Pernambuco”, de onde é o dirigente do PPS. Berzoini também estranhou o fato de Freire ser conselheiro da EMURB (empresa municipal de urbanização) e da SP Turismo, da Prefeitura de São Paulo, “sem ter nenhuma relação histórica com as empresas ou o próprio estado”.
Constituição

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) aconselhou aos membros do PPS lerem a Constituição Federal que, no artigo 62, parágrafo primeiro, inciso II, proíbe claramente qualquer tipo de confisco financeiro, como fez o Governo Collor em 1990. “Por má-fé, o PPS , no afã de se mostrar simpático ao governador José Serra (possível candidato tucano à presidência da República em 2010) está propagando uma calúnia”.
Ele observou que a propaganda do PPS é feita pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que “está agindo como um ventríloquo tucano. É uma enorme irresponsabilidade espalhar um boato que mexe com todos os brasileiros.” Para Ferro, o PPS também é agremiação que age como instrumento do PSDB, com o qual atua como sublegenda.
O deputado EduardoValverde (PT-RO) analisa que o boato espalhado faz “terrorismo com a população brasileira”, ao incutir na mente das pessoas que poderia haver “um sequestro da poupança, como fez o governo Collor. Ele também frisou que a Constituição brasileira é clara na proibição a este tipo de medida. “Podemos tranquilizar a população de que o presidente Lula não vai mudar as regras da poupança para causar prejuízos aos pequenos poupadores”, disse Valverde.

UM FUTURO POSS[IVEL CONTRA AS MENTIRAS DA ILU'SÃO

Santa Luzia do Pará município localizado no nordeste paraense a 200 km da Capital Belém, as margens da rodovia BR 316, emancipado pol[itio-administrativamente do munic[ipio de Ourém, foi durante 12 anos, até 2004, palco de domínio político da Oligarquia da família Oliveira Aires.
A oligarquia, fam[ilia encravada com a prática coronelista, na microrregião guamá municípios do entorno de Santa Luzia do Pará.
Usaram os ex-prefeitos Juraci (já falecido) e Nato Costa (casado por eles na gestão Adamor Vereador presidente da Câmara Municipal), seus potenciais aliados, que facilitaram com suas ignorâncias políticas, o enriquecimento da família do esperto Adamor, rabula da política e crápula do judiciário, manipulador de seus seguidores, mas que depois de 12 anos foi derrotado pelo PT e pelo Prefeito Louro.
Duas disputas, duas derrotas, a eles não interessa que a simplicidade e a honestidade de Louro se sobeponha à sua ganância. Hoje o município tem 70% do funcionalismo concursado, os salários em dia e a Prefeitura têm as contas pagas, mesmo com a atual crise econômica, onde os recursos or;amentários e financeiros diminuiram mais de 40% nos primeiros quatro meses de 2009 em comparação com o mesmo período de 2008, mesmo assim a prefeitura e o governo municipal com muita competência está pagando suas contas em dia.
A oposção irresponsável ataca e critica o governo num momento de inverno muito forte, onde diversos municipios do nordeste e do Pará estão em situação de calamidade pública, onde a crise econômica internacional diminui o repasse dos recursos federais, e estes adversários confundem a opinião pública denunciando falhas da administração municipal.
Enquano isso o governo municipal lança no próximo dia 13 de maio o programa de microcrédito solidário e a agência do CREDPARÁ, estamos assinando convênio com a UFPa e o departamento de INCUBADORA DE COOPERATIVAS para acompanhar a formação e qualificação Profissional de 500 pessoas e este ano vamos inanugurar o novo modelo de desenvolvimento sustentável e solidário, realizando a I EXPOSIÇÃO SOLIDÁRIA.
Incnetivando o Cooperativismo, dando oportunidades para as pessoas mais pobres, beneficiando as pessoas com os programas sociais, incentivando o empreendedorismo e o cooperativismo, vamos mostrando que uma nova economia acontece, como diz o Secreetário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer: "o único setor da economia brasileira que não sentiu os impactos da crise foi a economia solidária, este ano mais de 40.000 financiamentos de microcrédito".
Neste caso o papel do município é o de incentivador e indutor do desenvolvimento, os protagosnistas são os micro-empreendedores organizados em cooperativas. A experiência que estamos iniciando deve ser discutida por toda a sociedade, vamos trocar o empreguismo por oportunidades e formação de um novo mercado fundado na solidariedade.
Estamos negociando com a Governadora Ana Júlia os recursos das emendas dos Deputados Lúcio Vale e e Beto Faro, referenrtes ao Ginásio de esportes e Campo de futebol. Os demais projetos como o calçadão segunda parte e a orla do Caeté estão sendo liberados.
É hora de vencer o atrazo e pensar um futuro de dignidade e cidadania para nosso povo. Muita Solidariedade e Viva o Socialismo.
Raimundo NOnato Guimarães

ALTERNATIVA MUNICIPAL PARA CRISE

A Prefeitura Municipal de Santa Luzia do Pará frente à crise econômica que se alastra pelo País e pelo mundo, entendendo que as mazelas do neoliberalismo e da globalização hegemonizadas pelos EUA e pelos países ricos, e entendendo que não podemos como parcela menor da federação brasileira, ficar esperando por milagres;

Considerando que em nosso município existem aproximadamente 5.800 famílias que ganham abaixo de dois salários mínimos ao mês, sendo que 1.900 famílias não têm nenhuma renda;

Considerando que o último censo IBGE de 2007 revela além dos dados acima, que apenas 138 famílias ganham acima de dez salários mínimos, o que revela um índice altíssimo de concentração de renda e riqueza;

Considerando ainda que a maioria da população Luziense fica a mercê de promessas e da ilusão de um emprego na Prefeitura, ou da aposentadoria rural, ou da caridade clientelista de politiqueiros;

Definimos frente a estas considerações, desde o ano de 2008 organizar o PMP (planejamento municipal particdipativo), mobilizar e organizar a população mais pobre oferecendo um programa de qualificação profissional com cursos e com a perspectiva de organizar uma nova economia municipal, com Cooperativas, com microcrédito solidário, com a organização de feiras e exposições, promovendo um novo modelo de desenvolvimento econômico sustentável e solidário.

Selecionamos 500 famílias inicialmente e fomos agraciados com o programa bolsa trabalho que beneficia 700 jovens de 17 a 29 anos, em fase de realização de treinamentos, cursos, intercâmbio e bolsa de incentivo.

Nossa proposta é a seguinte: Incentivar a organização de uma economia solidária, organizando cooperativas e a realização em 2009 no período de 10 a 13 de dezembro a I Exposição Solidária Municipal. Para isso estamos neste momento em parceria com o Governo do Estado do Pará através do CREDPARÁ/BANPARÁ, treinando 03 pessoas para serem técnicos e agentes financeiras do programa de microcrédito e para tanto temos de instalar um posto de serviço do BANPARÁ na Prefeitura Municipal. Cada Agente treinado poderá liberar após análise e cadastro, até 30 financiamentos  a cada dois meses. Além disso. estamos com a parceria com A UFPA (Universidade Federal do Pará), programa incubadora de Cooperativas organizando o

 

 

processo de capacitação das unidades familiares, de organização de uma cooperativa para gerir a fábrica de açaí e para deslanchar o processo organizativo das Cooperativas que vão organizar a Exposição Solidária.

Para que estas coisas possam dar certo estamos articulando e convidando as organizações populares, sindicais e associativas, cooperativas e comunitárias, para participarem das definições e de acordo com as normas do CREDPARÁ estafrem presentes nas definições dos financiados pelo microcrédito solidário em Santa Luzia do Pará.

Já reunimos uma primeira vez para discutir sobre o processo organizacional da gestão da fábrica de açaí e esperamos contar com todos vocês para constituirmos um Conselho Político de Economia Solidária Municipal. Neste momento precisamos informar ao BANPARÁ sobre o nível de adimplência das organizações locais, e para tanto precisamos de cópias dos estatutos, CNPJ, certidões,  etc. para que sejam cadastradas no programa CREDPARÁ E POSSAMOS ASSIM INSTALAR OFICIALMENTE O MICROCRÉDITO NO MUNICÍPIO.


Desde já agradecemos V. Compreensão.

 

 

 

Atenciosamente.

 

Lourival Fernandes de Lima

Prefeito Municipal

 

 

Francisco Edson Martins da Silva

Chefe de Gabinaete

A CRISE CAPITALISTA - APENAS O INICIO

O capitalismo? " É compreensível que as pessoas não acreditem mais nele", confessa TonY Blair(1). Quando se deixa de acreditar no inacreditavel, uma crise de legitimidade e moral se soma à crise social, e acaba por estremecer a ordem política. A crise atual não é uma crise a mais, equiparável a dos mercados asiáticos ou a da bolha da internet.
Daniel Bensaid.

UMA CRISE DE FÉ
Trata-se, na realidade, de uma crise histórica - econômica, social, ecológica-da lei do valor, uma crise de medição e de exesso. A medição de tudo através do tempo de trabalho abstrato passou a ser - como anunciava marxs nos manuscritos de 1857 - uma forma  "miserável" de medir as relações sociais. . "As crises econômicas e planetária Têm um ponto em comum", constata Nicholas Stern, autor em 2008 de um informe sobre a economia das mudanças climáticas. "Ambas são consequências de um sistema que não considera os riscos que seu funcionamento gera, que não leva em conta o fato de que pode co0nduzir a uma destruição superior aos benefícios imediatos  que procura, e que subestima a interdependencia entre os atores"(2). A lógica da corrida atrás do lucro, pelo" benefício imediato" é, com efeito, uma lógica a curto prazo,e a" concorrência não falsificada", por sua parte, é cega à interdedenpendência" sistemática. Um novo Brenton Woodes?Um sistema de governo mundial? O problema é que que a união Europeia nem se quer tem sido capaz de criar uma agência de controle dos mercados financeiros em escala continental, ou de promover uma definição comum de paraíso fiscal!Desde outubro de 2008, Larense Perisot tem se encarregado de deixar claro que o estado deve retirar-se quando os negócios recuperem seu discurso lucrativo. Dito de maneira mais direta:que deve socilaizar as perdas para logo privatizar os lucros.
Co0njuntura.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Amigos solidários...

Você já percebeu que entre todos os seres vivos, entre todas as espécies, predominam três formas de relação – a de concorrência, a de antagonismo e a de complementaridade? E que esta última, mais conhecida como "solidariedade", tem sido a base de todas as utopias humanas? E que por mais que lute ou estude racionalmente o assunto a humanidade permanece carente desta "qualidade de vida"? E que tal carência nos impele à destruição tanto da vida humana quanto de outras formas de vida?

Desde que tenhamos a solidariedade como um objetivo pessoal e coletivo, por ver nesta forma de relacionamento um caminho de transformação cultural indispensável das sociedades fragmentadas, agressivas e massificadas -- provavelmente perguntaremos "como desenvolver a solidariedade?". Certamente, cada um de nós, de acordo com sua experiência e sabedoria, terá algo a dizer a respeito. Por isso, fazer esta pergunta aos nossos colegas e amigos pode ser um bom meio de começar a encontrar a melhor resposta.A tradição individualista e socialmente irresponsável é muito forte e, por isso, provavelmente teremos em nosso próprio condicionamento psíquico o maior obstáculo.

Esta é uma das razões do esvaziamento ético e do declínio humano na civilização urbano-industrial, principalmente nas grandes cidades. E tem como resposta mais lúcida a formação de grupos que desenvolvem formas de estimular o potencial humano utilizando terapias, arte, ajuda-mútua etc.No processo de busca da solidariedade, há uma percepção das limitações individuais no sentido de conhecer o outro. Esbarramos no limitado conhecimento de imagens parciais sobre o outro e, geralmente, ficamos frustrados com a não-correspondência das imagens com a realidade, que se revela inapreensível. O outro permanece um mistério. De um lado, portanto, temos o nosso condicionamento e, de outro, temos mistério, o desconhecido.Para estabelecer pontes artificiais sobre esse abismo, repetimos frases, clichês, estereótipos, crenças de todos conhecidas, e fazemos da relação social algo inautêntico. Porém, se tivermos clareza sobre o grau de condicionamento individualista determinado por nosso passado, teremos dado um importante passo em direção da solidariedade. E se, além disso, percebemos a relação social como um momento privilegiado de autoconhecimento e de aprendizado em aberto, sem fim -- teremos dado outro passo fundamental.

A autopercepção, neste caso, inclui o outro, ou seja, o "eu" é ampliado à condição de "nós". Suspendemos continuamente as imagens que temos do outro e abrimos nossa autopercepção a ponto de incluir a liberdade do outro. Observamo-nos, na relação solidária, evitando autocensura e autojustificação, permanecendo atentos à possibilidade de ver nossa liberdade acompanhar a liberdade do outro, momento a momento, sem expectativa de um resultado concreto, de um fim. Para isso, é preciso contar não só com a desmistificação dos estereótipos, dos inúmeros artifícios sociais, mas também com o propósito claro, explícito, de desenvolver a solidariedade.Com este propósito sendo consensual, os conflitos são relativizados, diluídos, e o silêncio ganha espaço na relação.

Observe-se que, entre amigos, o silêncio não é fator de constrangimento, como acontece nas relações entre desconhecidos ou recém conhecidos. A solidariedade é um caminho para a amizade (amor ético), a mais bela forma de relação social, a que mais gera valores e amplia a liberdade humana. Na solidariedade, redescobrimos o sentido original da palavra respeito, que nada tem a ver com temor e obediência, mas sim com atenção integral a alguém. Na solidariedade, percebemos a beleza da partilha, da ação em conjunto. E a percepção desta beleza, em si, suscita valores essenciais, como o amor, a paz, a liberdade, a meditação, a evolução e a harmonia.A solidariedade, entretanto, precisa distinguir-se da bondade, que pode ser unilateral. Quando somos solidários, de certa forma vamos além da bondade, porque participamos de um movimento social nascente, que pode incluir duas ou mais pessoas. A solidariedade também difere do envolvimento romântico, porque, ao contrário deste, preserva-se na solidariedade a individualidade do outro e a nossa própria liberdade e discernimento.





O ser solidário não é vítima do apego ou do ciúme patológico, simplesmente porque se recusa a congelar a imagem que tem do outro e de si mesmo, podendo, por isso, estender a solidariedade às transformações do outro, desde que haja reciprocidade.Não havendo esta última, pelo menos num grau mínimo, não há como desenvolver-se a solidariedade. Como se vê, trata-se de uma arte complexa, que exige extraordinária sensibilidade e discernimento.

Na solidariedade, a confusão entre qualidade e quantidade é fatal, destrutiva. Popularidade não indica solidariedade. Não será pela extensão superficial do rótulo de "amizade" às relações sociais com estranhos colegas que a solidariedade fará parte de nossa vida. Ser solidário é sentir-se solidário, além de dizer-se solidário. Descobrir, em si mesmo, um sentimento de solidariedade, é motivo de comemoração, de confraternização, porque é algo raro e tão transformador que geralmente é reprimido nas instituições hierárquicas, nos grupos formais.A solidariedade é uma arte, a arte da conquista de uma relação social autêntica, que permite o desenvolvimento do potencial humano e dele depende. É uma abertura de horizontes no caminho, não é o caminho todo, não é um produto, mas um processo.

O mistério deste processo, entretanto, apresenta-se inteligível para os envolvidos, embora não seja racionalizável. Exige uma inteligência diferente, interpessoal, emocional, aberta à intuição, ao sentimento e à percepção. A solidariedade, assim concebida, é pré-condição ao labor interdisciplinar.Cada um de nós tem seu ritmo próprio no desenvolvimento desta arte, porque nossos condicionamentos diferem em graus de repressão das emoções superiores, da abertura perceptiva e de educação do raciocínio lógico.

Nem sempre somos incapazes de solidariedade por falta de percepção aguda, ou de sentimentos nobres ou de discernimento lógico.Geralmente ocorre uma combinação complexa destas carências, de modo que precisamos todos compreender a necessidade não só de aprender a arte de ser solidário, mas também a necessidade social de estimular o aprendizado de outrem. Ou seja, a solidariedade, sendo um processo de libertação social, de autoconhecimento coletivo, não é qualidade que se tem ou não se tem, mas que se aprende e se ensina partindo das mais variadas condições sociais, dos mais variados ambientes ou ecossistemas

Informações...

H1NI: o vírus da “Gripe Suína”

O que é a gripe suína
É uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2. A gripe suína geralmente não atinge os humanos, e até então eram raros são os casos de contágio de pessoa para pessoa. A contaminação ocorre da mesma forma que a gripe comum, por meio de perdigotos (gotículas de saliva) lançados na tosse e espirros.
Sobre o recente surto que teve origem no México, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1 do vírus Influenza A. Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses européias e asiáticas.
O vírus da gripe suína detectado pela primeira vez no México não pode mais ser contido e os governos agora devem se focar em medidas para mitigar seus efeitos, disse um representante de alto escalão da Organização Mundial de Saúde (OMS). A declaração foi feita pelo diretor-geral-assistente da OMS, Keiji Fukuda, no momento em que organização anunciou que estava aumentando seu nível de alerta para 4 - dois níveis abaixo do referente a uma pandemia. "Com a disseminação do vírus...fechar fronteiras ou restringir viagens tem muito pouco efeito na contenção desse vírus", disse Fukuda. Segundo ele, o aumento no nível de alerta representa "um passo significativo em direção a uma pandemia de gripe", mas ele ressaltou "que uma pandemia não é considerada inevitável".

Nesta terça-feira pela manhã, a OMS confirmou que 73 casos foram diagnosticados no mundo. Inspetores das Nações Unidas foram para o México examinar relatos de que fazendas industriais de criação de suínos teriam sido a fonte do surto. O número de mortes provavelmente causadas pela doença no país aumentou para 152.

Nesta terça-feira, a Nova Zelândia confirmou ao menos três casos, e Israel, um. EUA, Canadá, Espanha e Reino Unido também confirmaram casos, mas não houve mortes registradas fora do México. No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou que está acompanhando os casos de 11 pessoas com alguns sintomas da doença. Todas elas tinham feito viagens a áreas afetadas pela gripe suína.

Alerta
A decisão da OMS de aumentar o nível de alerta para 4 - em uma escala que vai até 6 - foi tomada após uma reunião de emergência de especialistas, que foi antecipada em um dia por causa de preocupações com o aumento de casos da gripe pelo mundo.

O nível de alerta grau 4 sinaliza que o vírus está mostrando a capacidade de ser transmitido entre humanos, com a possibilidade de causar surtos em comunidades.

Os primeiros lotes de vacina contra a gripe suína podem estar prontos em quatro ou seis meses, mas, de acordo com Fukuda, levará mais alguns meses para que ela seja produzida em grandes quantidades.

Especialistas em saúde afirmam que o vírus da gripe suína tem a mesma origem de vírus que causam surtos periódicos em humanos. Mas eles afirmam que a nova versão do vírus que foi detectada contém material genético de vírus que normalmente afetam porcos e pássaros.

Mortes no México
O ministro da Saúde do México, José Angél Córdova, afirmou que apenas 20 mortes tiveram relação confirmada com a gripe. Todos os que morreram, segundo Córdova, tinham entre 20 e 50 anos de idade.

Segundo especialistas, algumas pandemias se caracterizam pela infecção de adultos jovens e saudáveis.

"Estamos em um momento decisivo da crise, o número (de mortos) deve continuar aumentando", disse Córdova em uma entrevista coletiva. Córdova afirmou que cerca de 2 mil pessoas foram hospitalizadas desde que o primeiro caso de gripe suína foi registrado, em 13 de abril. Metade delas, no entanto, já teria sido autorizada a voltar para casa.

Escolas em todo o México devem permanecer fechadas até o dia 6 de maio, na medida em que o país tenta combater o surto. Enquanto Córdova concedia a entrevista coletiva na Cidade do México, onde o surto está concentrado, a capital do país foi atingida por um terremoto de 5,6 graus na Escala Richter. Não houve registros de mortos ou feridos, no entanto.




Outros países
Em quase todos os casos registrados de gripe suína fora do México, os infectados ficaram apenas levemente doentes e conseguiram se recuperar completamente. Nos Estados Unidos, mais 20 casos foram confirmados no Estado de Nova York. Casos também foram registrados nos Estados de Ohio, Kansas, Texas e Califórnia. O total de casos confirmados no país já chega a 40.

Apenas uma pessoa teria sido hospitalizada por ter contraído o vírus nos EUA, mas já teria se recuperado. No Canadá, seis casos foram registrados em pontos diferentes do país. A gripe suína chegou oficialmente chegou à Europa na segunda-feira, quando testes confirmaram que um jovem na Espanha e duas pessoas na Escócia estavam infectados. Todos eles haviam visitado o México recentemente. Os infectados na Europa, segundo as últimas informações, estariam se recuperando bem.

Viagens
Também nesta segunda-feira, o Departamento de Estado dos EUA divulgou um comunicado onde recomenda que os cidadãos americanos evitem viagens "que não sejam essenciais" ao México. "O Departamento de Estado alerta os cidadãos americanos sobre os riscos para a saúde de se viajar para o México no momento, por causa de um surto do vírus H1N1, a gripe suína. O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) recomenda que sejam evitadas todas as viagens não essenciais ao México no momento", diz o comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha também pediu que os cidadãos do país evitem viajar para o México.

(BBC Brasil - Todos os direitos reservados, acessado as 18 h do dia 28 de abril de 2009)


No Brasil
Subiu para 20 o número de casos de brasileiros monitorados pelo Ministério da Saúde diante da possibilidade de gripe suína. Segundo a assessoria do Ministério, o total de casos chegou a 22, mas dois deles, identificados no Estado de São Paulo, foram descartados para a doença.

Até o momento, oito Estados têm registro de casos em observação - três pessoas no Amazonas, duas na Bahia, três em Minas Gerais, uma no Pará, quatro no Paraná, duas no Rio de Janeiro, duas no Rio Grande do Norte e três em Santa Catarina. Quanto aos casos descartados em São Paulo, um dos pacientes tinha sinusite e o outro não apresentava febre.
O ministério reforçou que os sintomas da gripe, definidos pela OMS, são: febre repentina acima de 38º C e tosse, acompanhadas ou não de um ou mais dos seguintes sintomas: dificuldade respiratória, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações.



(Uol, acessado as 19 h do dia 28 de abril de 2009)

No Pará
Uma pessoa no Pará está sob acompanhamento devido à suspeita de contaminação por gripe suína. É um passageiro que veio dos Estados Unidos, na última sexta-feira, chegou a Belém com os sintomas da gripe e foi encaminhado para exames no Instituto Evandro Chagas (IEC).

Segundo a diretora do IEC, Elisabeth Santos, o material coletado do passageiro chegou no final da tarde de ontem e o resultado do exame deve ser divulgado amanhã. “Não dá pra distinguir, clinicamente, o influenza (vírus da gripe suína) de uma gripe comum”.

O paraense, que não foi revelado o nome, veio do Estados Unidos no vôo diário da TAM Maimi-Brasil Norte (Manaus, Belém, Fortaleza).



(Diario do Pará on line, acessado as 19 h de 28 de abril de 2009)